Demônios da Garoa - década de 1940

1940


Esta fotografia em preto e branco, tomada no Studio Levy em São Paulo, nos transporta para os primeiros anos dos Demônios da Garoa, ainda na década de 1940, quando o grupo, então recém-renomeado após surgir como Grupo do Lira, começava a se destacar nas rádios paulistas.

Vestidos de terno claro e gravata, com instrumentos nos braços e postura solene, os músicos se apresentavam como artistas profissionais, prontos para ocupar seu espaço em um cenário musical ainda dominado pelo rádio.

A consagração definitiva do grupo se daria nos anos 1950, com o encontro decisivo entre os Demônios da Garoa e Adoniran Barbosa, o grande cronista musical de São Paulo. Dessa parceria nasceram canções que moldaram um samba singular, profundamente ligado à experiência urbana paulistana.

Não era o samba dos morros cariocas, mas o das pensões, dos trilhos, das calçadas estreitas e do cotidiano de quem vivia a cidade em seu ritmo próprio. Esse universo se manifesta em Trem das Onze, de 1964, em Saudosa Maloca, Samba do Arnesto, Iracema e Apaga o Fogo Mané, composições que funcionam como verdadeiros registros sonoros da vida comum na capital.

Com o passar dos anos, as formações se alternaram, mas a identidade do grupo permaneceu. Em 1994, o Guinness Book reconheceu os Demônios da Garoa como o conjunto vocal mais antigo em atividade no mundo. 

Fontes: Acervo São Paulo Histórica / História Contemporânea / Demônios da Garoa

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