Nascido em Itu, São Paulo, em 1841, oriundo de uma família de proprietários rurais, Prudente de Morais formou-se em Direito pela Faculdade de Direito de São Paulo em 1863. Ainda jovem, engajou-se na vida política provincial, ocupando cargos na Câmara Municipal de Piracicaba e no legislativo paulista.

Atuou como deputado provincial em São Paulo e como deputado à Assembleia Geral do Império, onde defendeu a adoção do regime republicano, o abolicionismo e o federalismo. No legislativo provincial, dedicou-se à complexa questão das fronteiras entre São Paulo e Minas Gerais, área na qual se tornou uma das principais referências.

Proclamada a República, Prudente de Morais foi nomeado por Deodoro da Fonseca para chefiar a junta governativa que administrou São Paulo entre 16 de novembro e 14 de dezembro de 1889.

Em seguida, assumiu o governo estadual, permanecendo no cargo de 19 de dezembro de 1889 até 23 de agosto de 1890, quando renunciou para ocupar uma cadeira no Senado.

À frente do governo paulista, promoveu a reorganização e a modernização da administração pública, com destaque para o Tesouro e o Arquivo do Tesouro. Ampliou a Força Pública e conduziu uma transição tranquila para o novo regime, marcada pela nomeação de administradores, secretários e intendentes municipais alinhados ao projeto republicano.

Na sucessão de Floriano Peixoto, que havia assumido a presidência após os eventos de 23 de novembro de 1891, Prudente de Morais lançou-se candidato pelo Partido Republicano Federal (PRF), criado em 1893 pelo paulista Francisco Glicério.

Sagrou-se vencedor nas eleições de 1º de março de 1894 e tomou posse em 15 de novembro do mesmo ano, tornando-se o primeiro presidente brasileiro eleito por voto direto e o primeiro civil a ocupar o cargo.

Este retrato da década de 1890 é o retrato oficial de sua presidência.

Fontes: Acervo São Paulo Histórica / Governo do Estado de São Paulo / ALESP / Presidência da República